Voltamos abordando um novo assunto, o tema da vez é cultos afro-brasileiros.
A sua diversidade é grande e não existe um esquema para encaixar todos os cultos. Aqui em nosso país, no Brasil, os principais cultos afro são: candomblé na Bahia e outros estados; tambor-de-mina, tambor de nagô e canjerê no Maranhão; toré de xangô, em Alagoas; xangô em Pernambuco; babaçuê (culto indígena-afro) na Amazônia; terecó (culto indígena-afro) em Goiás e Maranhão; umbanda no Rio de Janeiro, Minas Gerais e outros estados; cabula no Espírito Santo; batuque ou pará no Rio Grande do Sul, também chamado nação. Há notícias de um culto denominado guiné, que é pouco estudado.
Em cultos afro-brasileiros são típicos a dança, os tambores, os pontos cantados e transe. Há iniciação de novatos. Não existem livros sagrados. Este tipo de culto é menos verbal dança, oferta, é mais sensorial. Não segue um protocolo, pois o própio encontro com orixás ou antepassados, determina em boa parte a continuação do culto. Há muito mais respeito com isso. Encontrando-se comportamento adulto e uma comunidade mais celebrante.
Os cultos nagô e ioruba cultuam os orixás. Os jeje cultuam os voduns. Os bantos são um grupo linguístico que tem muitas religiões de acordo com a experiência religiosa dos antepassados de cada grupo. Há muitos que cultuam Zâmbi. Os adeptos do Omolocô angolano cultuam Zâmbi e os bakuros. Outros angolanos conhecem os inkices. Todos estes cultos sustentam a memória de seus povos e a fé nos mitos de origem e nas forças da natureza; cultuam seus reis, heróis e guerreiros e vários reverenciam os ancestrais do Brasil: os caboclos. Todos estão 500 anos no Brasil e juntaram à sua memória e culturas vários elementos indígenas e européias, por integração ou por imposição. A convivência na nova terra trouxe trocas entre as culturas negras.
Muitos cristãos não aceitam os cultos afro-brasileiros por quatro razões: os sacrifícios de animais; a possessão ou transe; o lado feminino de Deus (Nanã, Yemanjá, Oxum etc.); a memória e presença dos antepassados.
Att: Camila Boszko, Danieli Letícia Engel, Diane Isabel Emke, Vitória Andréia Kunkel.