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 Projeto: DESIGUALDADES SOCIAIS - ÁFRICA



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África do Sul

  A África do Sul, oficialmente República da África do Sul, é um país situado no extremo sul da África, com 2.798 quilômetros de litoral sobre os oceanos Atlântico e Índico. O país divide suas fronteiras com a Namíbia, Botsuana e Zimbábue ao norte; Moçambique e Suazilândia a leste; e com o Lesoto, um enclave totalmente rodeado pelo território sul-africano.

 Os seres humanos modernos habitam a África Austral há mais de 100.000 anos. Na época do contato com os Europeus, os povos indígenas dominantes eram tribos que migraram de outras partes da África há cerca de mil anos antes da colonização europeia. Entre os séculos IV e V, tribos falantes do Bantu vieram para o sul, onde deslocaram, conquistaram e assimilaram os povos originários da África Austral. Na época da colonização europeia, os dois maiores grupos eram os povos Zulu e Xhosa.

 Em 1652, um século e meio após a descoberta da Rota Marítima do Cabo, a Companhia Holandesa das Índias Orientais fundou uma estação de abastecimento que mais tarde viria ser a Cidade do Cabo. A Cidade do Cabo tornou-se uma colônia britânica em 1806. A colonização européia expandiu-se na década de 1820 com os Bôeres (colonos de origem Holandesa, Flamenga, Francesa e Alemã) enquanto os colonos Britânicos se assentaram no norte e no leste do país. Nesse período, conflitos surgiram entre os grupos Xhosa, Zulu e Afrikaners que competiam por território.

 Mais tarde, a descoberta de minas de diamante e de ouro desencadeou um conflito do século XIX conhecido como Segunda Guerra dos Bôeres, quando os Bôeres e os Britânicos lutaram pelo controle da riqueza mineral do país. Mesmo vencendo os Bôeres, os Britânicos deram independência limitada à África do Sul em 1910, como um domínio britânico. Durante os anos de colonização Holandesa e Britânica, a segregação racial era essencialmente informal, apesar de algumas leis terem sido promulgadas para controlar o estabelecimento e a livre circulação de pessoas nativas.

 Nas repúblicas Bôeres, já a partir do Tratado de Pretória (Capítulo XXVI), os subsequentes governos sul-africanos tornaram o sistema de segregação racial legalmente institucionalizado, o que mais tarde ficou conhecido como apartheid. O governo então estabeleceu três categorias de estratificação racial: brancos, colorados e negros, com direitos e restrições específicos para cada categoria.

 A África do Sul conseguiu sua independência política em 1961 e declarou-se uma república. Apesar da oposição dentro e fora do país, o governo manteve o regime do apartheid. No início do século XX alguns países e instituições ocidentais começaram a boicotar os negócios com o país por causa das suas políticas de opressão racial e de direitos civis. Após anos de protestos internos, ativismo e revolta de sul-africanos negros e de seus aliados, finalmente, em 1990, o governo sul-africano iniciou negociações que levaram ao desmantelamento das leis de discriminação e às eleições democráticas de 1994. O país então aderiu à Comunidade das Nações.

 A África do Sul é conhecida por sua diversidade de culturas, idiomas e crenças religiosas. Onze línguas oficiais são reconhecidas pela Constituição do país. O Inglês é a língua mais falada na vida pública oficial e comercial, entretanto, é apenas o quinto idioma mais falado em casa. A África do Sul é um país multiétnico, com as maiores comunidades europeias, indianas e racialmente mistas da África. Embora 79,5% da população sul-africana seja negra, os habitantes são de diferentes grupos étnicos que falam línguas bantas, um dos nove idiomas que têm estatuto oficial. Cerca de um quarto da população do país está desempregada e vive com menos de US$ 1,25 por dia.

 As cidades sul-africanas Buffalo City, Johannesburgo e Ekurhuleni são apontadas como as mais desiguais do mundo, segundo relatório da ONU divulgado em 2010.

 O país é um dos membros fundadores da União Africana e é a maior economia do continente. É também membro fundador da Organização das Nações Unidas e da NEPAD, além de ser membro do Tratado da Antártida, do Grupo dos 77, da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, da União Aduaneira da África Austral, da Organização Mundial do Comércio, do Fundo Monetário Internacional, do G20 e do G8+5.

A maior cidade é Joanesburgo. A Cidade do Cabo, Durban e Pretória, a capital, são outras cidades importantes.

èHistória

Os primeiros navegadores europeus, portugueses principalmente, chegaram à África do Sul no século XV. Diogo Cão alcançou a costa sul-africana em 1485 e em 1488 foi a vez de Bartolomeu Dias.

No século XVII inicia-se a ocupação permanente da região do Cabo da Boa Esperança pelos holandeses. Em 1909, a união das colónias britânicas de Cabo, Natal, Transval e Orange River origina a nação da África do Sul.

De 1948 a 1993/1994, a estrutura política e social é baseada no apartheid, o sistema legalizado de discriminação racial que manteve o domínio da minoria branca nos campos político, económico e social.

Em 1983, é adotada uma nova constituição que garante uma política de direitos limitados às minorias asiáticas, mas continua a excluir os negros do exercício dos direitos políticos e civis. A maioria negra, portanto, não tem direito de voto nem representação parlamentar. O partido branco dominante, durante a era do apartheid, é o Partido Nacional, enquanto a principal organização política negra é o Congresso Nacional Africano (ANC), que durante quase 50 anos foi considerado ilegal.

Mais tarde, em 1990, sob a liderança do presidente F. W. de Klerk, o governo sul-africano começa a desmantelar o sistema do apartheid, libertando Nelson Mandela, líder do ANC, e aceitando legalizar esta organização, bem como outras antiapartheid.

Os passos seguintes no sentido da união nacional são dados em 1991. A abertura das negociações entre os representantes de todas as comunidades, com o objetivo de elaborar uma Constituição democrática, marca o fim de uma época na África do Sul.

No dia 10 de abril de 1993, um dos principais líderes do movimento negro da África do Sul, Chris Hani, tombou vítima de dois tiros, diante da própria residência. O que seus assassinos não previram é que essa morte acabaria por acelerar o fim do apartheid.

Em 1993, o governo e a oposição negra acordam nos mecanismos que garantam a transição para um sistema político não discriminatório. É criado um comité executivo intermediário, com maioria negra, para supervisionar as primeiras eleições multipartidárias e multirraciais, e é criado, também, um organismo que fica encarregado de elaborar uma Constituição que garanta o fim do Apartheid.

Em Abril de 1994 fazem-se eleições multirraciais para o novo Parlamento. O ANC ganha as eleições e Nelson Mandela, formando um Governo de unidade nacional, torna-se o primeiro presidente sul-africano negro. Em 2004, ano em que Thabo Mbeki completou cinco anos como sucessor de Nelson Mandela, o presidente da república da África do Sul prometeu acabar com toda a violência de carácter político que ainda possa existir no país. Mbeki demitiu-se do cargo em 20 de Setembro de 2008 após pressões do seu próprio partido sob acusação de interferência no poder judicial. Dois dias depois o ANC apontou Kgalema Motlanthe para chefe-de-estado.

Em Abril de 2010 foi assassinado o líder de extrema-direita Eugène Ney Terre'Blanche, que defendia a supremacia branca no país. O acontecimento marca o aumento da violência e da tensão racial no país. Terreblanche foi encontrado morto na sua casa, no nordeste do país, com ferimentos na cabeça. O assassinato foi atribuído a dois dos seus empregados.

èFronteiras

A África do Sul tem 5 800 km de fronteira, e 3 798 km de costa.

O país faz fronteira com Botswana (2 840 km de fronteira), Lesoto (909 km), Namíbia (1 855 km), Moçambique (3 491 km), Suazilândia (2 430 km) e Zimbabwe (1 225 km). A África do Sul rodeia por completo o Lesoto e quase por completo a Suazilândia.

Na parte do oceano a África do Sul é banhada pelo oceano Atlântico na costa ocidental, e pelo oceano Índico na costa oriental. As correntes principais nestes oceanos são a corrente de Benguela (fria) e a corrente das Agulhas (quente). O ponto delimitador oficial dos oceanos Atlântico e Índico é o cabo das Agulhas.

èTopografia

A África do Sul apresenta um vasto planalto central orlado por cadeias de montanhas (o Karoo a sul, o Drakensberg, a leste) e uma planície costeira estreita.

Pontos extremos

èClima

O clima na África do Sul em geral é semi-árido, mas subtropical na costa oriental e clima mediterrânico no extremo sul. O Trópico de Capricórnio atravessa a Província do Limpopo.

O clima varia entre uma pequena zona de clima mediterrânico, no extremo sul, na província do Cabo Ocidental, a desértico a noroeste. No Drakensberg há áreas com clima de montanha.

Meio ambiente

A África do Sul sofre de alguns problemas, como a falta de rios ou lagos arteriais importantes, que provoca a necessidade de fortes medidas de conservação e controlo; o crescimento do uso de água ameaça suplantar a capacidade de fornecimento; poluição dos rios por efluentes agrícolas e por descargas urbanas; poluição atmosférica causa chuva ácida; erosão do solo; desertificação

O país faz parte de vários acordos internacionais, como :

Att: Camila Boszko, Danieli Letícia Engel, Diane Isabel Emke, Vitória Andréia Kunkel.